6 projetos criados por professores para inspirar as suas aulas em 2024

Separamos ideias de aulas incríveis que servem de inspiração para o ano inteiro!

Em 2023, os professores deram um show de criatividade ao abordar temas atuais e importantes, como educação antirracista, meio ambiente, inclusão, autocuidado e reconhecimento de emoções. Durante todo o ano, a Vivescer compartilhou projetos inspiradores desenvolvidos em diferentes contextos educacionais.  

Para inspirar o ano letivo de 2024, apresentamos algumas práticas pedagógicas que foram destaque por aqui aqui: 

1) Escrevivendo infâncias

Para celebrar as contribuições de personalidades negras na literatura brasileira, a professora Flávia, da Escola Estadual Municipalizada Chaperó, em Itaguaí (RJ), incentivou os alunos do 1o ano do ensino fundamental a produzirem releituras do conto “Olhos d’água”, da escritora Conceição Evaristo. 

”Sonhei que seria lindo produzir com as crianças uma escrita que as colocasse frente à sua fertilidade e que abrisse caminho para autores de escrevivências. Unindo meu desejo de honrar Evaristo e meu sonho de viabilizar a produção de conhecimento, nasceu o nosso projeto”, conta a professora.  

Durante a atividade, além de ler o conto e mergulhar na história de Conceição, a turma reproduziu trechos da história e construiu uma réplica de uma casa na área externa da escola. No teto, os alunos penduraram papéis coloridos com palavras de esperança e motivação. 

Saiba mais sobre o projeto aqui

2) Mascote Miau – Aprender é uma aventura 

Na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Elvira Barros, em Afonso Cláudio (ES), as professoras Fernanda Braga, de Educação Física, e Raquel Pegnor, de Aprofundamento de Leitura e Escrita (ALE), tiveram a ideia de usar um mascote para incentivar a leitura e a prática de atividades físicas em uma turma do segundo ano do ensino fundamental. 

Carinhosamente chamado de Miau, o mascote circula pela casa dos estudantes junto com kit de sobrevivência, composto por mochila, livros e materiais esportivos. Um sorteio define qual aluno será escolhido para levar o gatinho de pelúcia para casa e desenvolver as atividades lúdicas. 

“O objetivo do projeto é desenvolver na criança através da mascote Miau, o cuidado, a responsabilidade, a autonomia e estimular a escrita, a leitura e a prática de atividades físicas em casa”, explica a professora Fernanda.

Saiba mais sobre o projeto aqui

3) Acolhendo o monstro das cores 

Inspirada pelo livro didático ‘’Acolhendo o Monstro das Cores’’, da escritora Anna Lena, a professora Fátima Luana, da Escola Municipal Professora Gessy Spier Averbeck, de Mondaí (SC), desenvolveu um projeto para ajudar crianças a identificar e lidar com suas emoções. 

A atividade foi desenvolvida em três etapas. Na primeira, os alunos do segundo ano do ensino fundamental desenharam um monstro no caderno e participaram de uma roda de conversa sobre o tema. Depois, participaram de uma dinâmica na sala de aula para desembaralhar emoções. Por fim, levaram o livro para casa e fizeram leituras com a família. 

O projeto também incorporou outros aprendizados de forma transversal: “Foram incluídas tarefas que envolveram consciência silábica, contagem de letras em palavras, exploração das características de cada emoção, interpretação e compreensão da história, identificação de antônimos e sinônimos, bem como atividades cognitivas, entre outras”, relata a professora. 

Saiba mais sobre o projeto aqui

4) Projeto de inclusão 

Com sessão de cinema, palestras com especialistas e visitas de campo, a professora Paula Alieli, de Caibi (SC), montou um projeto para promover a inclusão de todos os alunos na Casa Familiar Rural São Domingos. “A iniciativa foi criada para disseminar o direito de todos à educação, sobretudo das pessoas com deficiência’’, explica. 

Após assistirem ao filme “Temple Grandin”, que conta a história de uma jovem autista que luta para ter uma vida normal, os alunos do segundo ano do ensino médio participaram de palestras com especialistas e se envolveram em dinâmicas para aprender na prática conceitos de equidade e inclusão. 

A turma, que inclui um jovem com deficiência intelectual múltipla, também fez uma visita ao centro de Equoterapia e desenvolveu uma modalidade de esportes paralímpicos nas aulas de educação física. 

Saiba mais sobre o projeto aqui

5) Árvores da minha escola

Diante da urgência de fortalecer a educação ambiental nas escolas, a professora Claudete Hofstätter, da Escola de Educação Básica Municipal Laju, em Mondaí (SC), teve a ideia de conscientizar os alunos a partir de uma investigação sobre as árvores do pátio da escola. 

A primeira etapa do projeto consistiu em fazer pesquisas sobre a biodiversidade local, o bioma da região, as plantas identificadas na escola e as receitas que poderiam ser feitas com seus frutos. Depois, a turma planejou atividades de campo e organizou roteiros com instruções para a identificação das espécies.

Na fase de aplicação, os alunos saíram a campo para identificar as plantas, coletar amostras e sintetizar informações. Com os conhecimentos adquiridos, eles preparam receitas e participam de discussões com os colegas. ‘’Isso ajuda a criar uma experiência educacional significativa e enriquecedora, além de promover a conscientização ambiental e a valorização da biodiversidade local’’, pontua a educadora. 

Saiba mais sobre o projeto aqui.

6) Pequenos Caracóis – Grafismos indígenas

Os grafismos indígenas não se resumem à decoração. Para apresentar seus sentidos e significados, a professora Fernanda Ferreira, de Piracicaba (SP), desenvolveu o projeto “Pequenos Caracóis“, que levou a cultura dos povos indígenas do Brasil para as crianças da Escola Municipal Antônio Boldrin. 

O projeto foi dividido em três etapas. Na primeira, as crianças exploraram imagens de livros, jornais, revistas e filmes, percebendo a presença dos grafismos no corpo, nos objetos, nos adereços, nos artesanatos, nas casas, entre outros. Depois, partiram para um processo de investigação para entender o significado histórico e cultural dessas manifestações gráficas para cada comunidade indígena. Por fim, as crianças se apropriaram dos elementos estudados para produzir desenhos e contar histórias a partir de grafismos indígenas.

”Entendo que esse tipo de atividade pode colaborar significativamente na construção de uma sociedade que rompa com as estruturas racistas e preconceituosas que atravessam os povos originários’’, afirma Fernanda.

Saiba mais sobre o projeto aqui.

E aí, professor(a), o que achou da matéria? Deixei o seu comentário.

Respostas

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  1. Parabéns,Vivescer!
    São ideias geniais e com certeza fizeram a diferença no trabalho desses professores e dos alunos que vivenciaram. Quero-os para os meus planos para 2024. Curti todos e o do mascote, simplesmente amei!!

    Obrigada pelo compartilhamento.

    Gratidão!

  2. Bom dia.
    Projetos interessantes, mas voltado aos anos iniciais, responsabilidade do município.
    Na rede estadual, nosso curriculo de referência já é bem robusto, sobretudo no ensino medio.
    Realmente, não “cabe mais nada”.
    Abraço.

  3. Parabéns às professoras e a Vivescer por apoiar e valorizar, trabalhos que fazem a diferença na Educação.
    Sou professora de Educação Infantil e sempre trabalho com projetos. Com a leitura destes projetos minha imaginação já virou uma profusão de novas ideias.

  4. Trabalhar com projetos é sempre bem vindo. São projetos muito bom, com ideias maravilhosas! Nós aqui em MT município de Alto Paraguai trabalhamos projetos em conjunto, ou seja interdisciplinar, onde a secretaria de educação prepara e envia as escolas municipais a serem executadas pelos docentes. Não é muito louvável isso, pois o projeto surge das necessidades que há no ambiente escolar, trabalhar um projeto por trabalhar e ganhar mídia não é o meu foco, projeto é pra solucionar problemas e melhorar o ensino aprendizagem dos alunos.

  5. Por meio de projetos educacionais, as escolas têm a chance de se aproximarem cada vez mais da realidade de seus alunos. A Vivescer, faz isso, traz uma série de possibilidades interessantes, como mais facilidade para adequar o processo de ensino com abordagens e metodologias relevantes para a atual geração de estudantes. Parabéns a equipe!!! Gostei muito do projeto “Escrevivendo Infâncias”, me inspirou boas ideias!!!

  6. Parabéns pelos projetos, são muito uteis e com certeza seram de grande apoio pedagógico e suporte no desenvolvimento de ensino aprendizagem dos alunos. Foram muito bem desenvolvidos.

  7. Parabéns pelos projetos, são muito uteis e com certeza seram de grande apoio pedagógico e suporte no desenvolvimento de ensino aprendizagem dos alunos. Foram muito bem desenvolvidos, Gostei muito.

  8. Fizemos uma atividade parecida com essa e funcionou ,muito bem, com alunos do 4º e 5º ano, eles ficaram muito empolgado para com as pesquisas que fizeram.

  9. muitas informações satisfatória, vou aderir vários temas para minha sala de aula, ajudou a expandir minhas ideias e criatividade.

  10. É muito interessante pois este ano 2024 irei trabalhar de forma que meus queridos alunos irão aprender de forma prazerosa . Sou de uma comunidade quilombola. E com esses projetos deu ideias para fazer um trabalho.

  11. Atividades muito interessantes.Gostei muita da sugestão do Grafismo Indígena.Aqui na escola já trabalhamos com o livro sobre as emoções,Acolhendo o Mostro das Cores,resultado muito bom.