A atividade contou com oficinas, contação de história e envolveu os familiares dos alunos 

Identificar e lidar com as emoções não é uma tarefa simples, mesmo para os adultos. Agora, imagine como isso pode ser desafiador para as crianças, que ainda estão no processo de aprendizado emocional. 

Foi pensando nisso que a professora Fátima Luana, da Escola Municipal Professora Gessy Spier Averbeck, de Mondaí, Santa Catarina, realizou a atividade Acolhendo o Monstro das Cores com os seus alunos do segundo ano do Ensino Fundamental.  

O projeto foi inspirado em um livro didático chamado ‘’Acolhendo o Monstro das Cores’’, da escritora Anna Lena. Segundo a professora, a obra trabalha o tema emoções de forma simples e lúdica, facilitando a compressão das crianças sobre como identificar e lidar com os seus sentimentos.   

Mas como foi a prática?

A professora dividiu a atividade em três etapas:  

1) Criando o meu monstro e contação de história 

Nesse momento, os alunos tiveram que desenhar um monstro no caderno. Após o desenho, a professora leu o livro ‘’O Monstro das Cores’’, de Anna Llenas e realizou uma roda de conversa sobre o tema com a turma.  

2) Desembaralhando as emoções  

Com objetivo de ilustrar melhor o tema com a turma, nessa dinâmica, a professora picou retalhos de papel EVA com as cores associadas a cada emoção presente na história e pediu para que os alunos separassem em potes e guardassem com eles. 

3) Trabalhando com Emoções em Família 

Nesta fase do projeto, cada aluno recebeu uma sacola contendo todos os materiais necessários: o livro “O Monstro das Cores”, parar ler com a sua família. 

Eles também levaram o desenho do monstro em branco, para customizar de acordo com as suas emoções, utilizando retalhos de papel EVA e lápis de colorir. As cores representavam diferentes sentimentos, que foram construídos pelos alunos em parceria com as famílias.  

Interdisciplinaridade

A educadora observou que a atividade não apenas abordou questões relacionadas às emoções, mas também incorporou transversalmente outros temas. “Foram incluídas tarefas que envolveram consciência silábica, contagem de letras em palavras, exploração das características de cada emoção, interpretação e compreensão da história, identificação de antônimos e sinônimos, bem como atividades cognitivas, entre outras”. 

Além disso, ‘’utilizando materiais que seriam normalmente descartados, promovendo assim a conscientização sobre o desperdício de resíduos, essa atividade não fortaleceu somente os laços familiares, mas também enfatizou a importância da sustentabilidade e da reutilização de materiais’’, comentou.  

É válido destacar que a escola conta com o acompanhamento de uma psicóloga educacional, com quem a professora trocou muitas ideias durante a elaboração do projeto. Ao término da atividade, a equipe organizou uma sessão de cinema em sala de aula, exibindo o filme “Divertidamente”. Após a exibição, a psicóloga orientou os alunos em uma atividade em que construíram suas próprias “memórias bases”. 

A atividade foi um grande sucesso entre os alunos. A professora compartilhou suas emoções a respeito: “O feedback das famílias fez com que algumas lágrimas brotassem em mim. Inicialmente, a simplicidade da abordagem surpreendeu, mas levou os pais a refletirem profundamente sobre a importância de orientar os alunos em relação às suas emoções. Isso demonstrou que lidar com sentimentos não precisa ser uma tarefa difícil; pode ser tão simples quanto uma história ou um jogo”, finalizou. 

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