Atividades de fim de ano para fazer com seus alunos

Diversificar as estratégias pode ser um caminho para engajar os estudantes e promover reflexões sobre os aprendizados do ano

Basta perguntar para qualquer pessoa da área da educação: parece que os últimos dois anos foram, na verdade, cinco. Muitas indefinições, aflições, idas e vindas e desafios a serem superados. Em momentos assim, é fundamental reservar os encontros de final de ano para discutir como cada um chega ao final de 2021. 

Julci Rocha, diretora da Redesenho Educacional, assessoria que atua com formação de educadores e elaboração de material didático-pedagógico, explica que o processo de consolidar a aprendizagem é relevante não só para os professores, mas para que os próprios alunos possam identificar os avanços que realizaram.

“Justamente porque os dois últimos anos letivos foram conturbados, fica a sensação de que nada ou pouco foi feito, o que não é verdade. Tornar a aprendizagem visível é uma forma de manter os estudantes motivados com relação ao progresso que tiveram”, defende. 

Segundo a especialista, dinâmicas que ajudam a consolidar os conhecimentos e habilidades desenvolvidas também são uma oportunidade de diagnosticar o que ficou para trás, o que precisa ser mais trabalhado e o que não foi desenvolvido. Todas essas descobertas podem ajudar no momento de realização do planejamento para o ano seguinte. 

Envolvimento do estudante

No fim do ano letivo, outro tema que deve ser reforçado é o protagonismo e envolvimento dos estudantes. Julci explica que comprometer o aluno em seu processo de aprendizagem não é uma tarefa fácil, e, justamente por isso, é importante que isso seja um hábito, e não algo feito esporadicamente. 

Assim, em primeiro lugar, os professores devem buscar fazer com que os alunos entendam e percebam que tornar a aprendizagem visível – entender o que realmente aprenderam e o que precisa ser revisto – é importante para todos. 

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O que fazer?

Diante do que parece ser uma infinidade de conteúdo a ser revisto, é comum encontrar professores com dificuldades em selecionar o que vai ser abordado nas revisões e o que vai ficar de fora. 

A realização de um planejamento prévio, com uma lista de prioridades já olhando para os temas que serão trabalhados no ano seguinte, pode ser uma ferramenta de apoio interessante. 

Além disso, Julci aconselha a diversificação de formatos como uma forma de promover mais engajamento dos estudantes. “Diversificar instrumentos de registro, utilizando formas orais, registros visuais, portfólios, rubricas de autoavaliação e até encenações pode tornar o processo mais interessante. Dessa forma, revisar o que já passou pode ganhar um outro sentido”, sugere. 

Não se trata, portanto, apenas de aulas expositivas no sentido mais tradicional de revisão de conteúdos. É importante levar em consideração o histórico recente de dois anos conturbados, que provocaram grande cansaço físico e emocional em professores e estudantes. 

Outra ideia é o uso de recursos digitais e de estratégias de gamificação, que também podem contribuir com o processo de retomada dos conteúdos por facilitar o engajamento. “Usar estratégias diferentes daquelas utilizadas ao longo do ano é mostrar ao estudante que o professor também está engajado em fazer esse momento dar certo. Por fim, o uso de jogos e outras linguagens são fundamentais para fazer o olho do estudante brilhar”, enumera. 

Ações no ensino híbrido

Apesar do avanço da vacinação ter permitido que muitas escolas já tenham retomado as aulas presenciais, algumas instituições mantiveram o ensino híbrido. Uma estratégia para os professores nesse formato é promover formulários online com ramificação. A partir da resposta do estudante, ele é conduzido para outra questão, de aprofundamento ou de outro tema, caso tenha acertado a pergunta anterior. “Assim, a experiência dele fica muito específica e isso também engaja”, aponta a especialista. 

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