Explique a origem da Festa Junina para os seus alunos

Professora negra com semblante alegre rodeada de elementos de Festa Junina: fogueira, viola caipira, milho, pipoca, canjica, bandeirinhas e balão

Saiba como levar a história e os principais símbolos do tradicional evento para as suas aulas. Anarriê!

Junho chegou e com ele um dos eventos mais importantes no ambiente escolar: a Festa Junina. Professores, alunos e familiares se envolvem em uma celebração cheia de cultura, danças, brincadeiras, comes e bebes.

Muitas escolas costumam promover uma grande festa para comemorar o “São João”, mas nem todas explicam a origem dessa comemoração. Para além de preencher o calendário, essa data é uma ótima oportunidade para trabalhar os aspectos culturais do nosso país. 

Na matéria, destacamos a origem da tradicional cerimônia e os principais símbolos juninos para o Arraiá nas suas aulas.

O clima da Festa Junina na escola

Nas escolas, a Festa Junina muitas vezes coroa o final do primeiro semestre e toda a comunidade escolar “lava a alma”, reconhecendo as aprendizagens do período e colocando um “pé” nas férias. Esse costuma ser o clima em que se prepara a escola, que por muitas mãos – de alunos e professores – vai trazendo as cores e símbolos dessa data tão marcante. Os dias da festa trazem a marca própria de cada instituição escolar e também de seu contexto e região. De norte a sul, cada pedacinho do Brasil começa a se preparar: trajes típicos, comidas, bandeirinhas, chapéus, bigodes e trancinhas.

Origem da Festa Junina

Apesar de ser uma festa tão presente no nosso calendário, poucas pessoas conhecem a origem da Festa Junina. Pode ser interessante compartilhar essa história com os alunos.

Na Antiguidade, no Hemisfério Norte, várias celebrações aconteciam durante o solstício de verão – o dia mais longo do ano e que marca a passagem do inverno para o verão. Lá, ele acontece nos dias 21 ou 22 de junho. Estas festividades prestavam homenagens a diversos deuses, com o objetivo de “garantir” boas plantações, colheitas e a fertilidade.

Na passagem da Idade Antiga para a Idade Média, com a cristianização dos povos romanos e germânicos, a Igreja substitui o culto aos deuses pagãos e passou a celebrar os santos.

No Brasil, antes da chegada dos portugueses, os índios já faziam rituais em junho também ligados à colheita, com cantos, danças e comidas. Com a colonização, essas festividades se fundem, originando as Festas Juninas que se mantém até hoje.

É por isso que as festas celebram santos católicos, mas ao mesmo tempo oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos.

Os símbolos da Festa Junina

Todos nós conhecemos os elementos abaixo, mas será que sabemos o que eles representam? Converse com a sua turma a respeito!

A fogueira:

Presente nas festividades desde os tempos mais antigos – tanto nas celebrações pagãs quanto indígenas -, representa a luz, a vida e a transformação, e é acesa para agradecer a fertilização da terra e as colheitas. Com a cristianização, ganhou outra explicação: Santa Isabel (mãe de São João Batista) disse à Virgem Maria (mãe de Jesus) que quando São João nascesse acenderia uma fogueira para avisá-la. Maria viu as chamas de longe e foi visitar a criança recém-nascida.

Cada santo junino tem um tipo diferente de fogueira, sendo a de Santo Antônio quadrada, a de São João redonda e a de São Pedro triangular.

Os balões:

Tinham um papel de comunicação, anunciando a todos o início da festa. Seu significado espiritual também remete a comunicação com o divino, pois o balão vai da terra ao céu. Também era uma forma de agradecer aos santos pelos pedidos (namoros ou casamentos) atendidos. Como causavam acidentes e muitos incêndios, acabaram sendo proibidos, mas ainda é um elemento presente nas festas mantendo sua forma (não mais acesa) ou como lanterna para iluminar.

As bandeirinhas:

Simbolizam a espiritualidade e a proteção. Nelas, eram impressas imagens dos santos e foram ganhando cores e as formas que conhecemos. Presente também no budismo, com quem os portugueses tiveram contato no período das grandes navegações, que imprimem orações em tecidos coloridos para que os vento as leve e disperse.

A quadrilha:

Tem origem na corte francesa, nas danças de salão do século 17. Chegou ao Brasil no século 19, trazida pelos nobres portugueses, e foi sendo adaptada até fazer sucesso nas Festas Juninas. O baile representa a alegria e a vontade de viver.

Comidas típicas:

Simbolizam a fartura e a abundância, muito bem representadas pelo milho – de uma espiga, muitos grãos são semeados. A comida típica das festas é quase toda à base de grãos e raízes que nossos índios cultivavam, como milho, amendoim, batata-doce e mandioca. A colonização portuguesa adicionou novos ingredientes e hoje o cardápio inclui bolo de fubá, pé-de-moleque, pipoca, além das bebidas como quentão e vinho quente.

Fique por dentro!

Na Jornada Corpo, propomos atividades para mostrar como a expressão corporal é uma importante aliada na rotina dos alunos e professores.

Afinal, Festa Junina sem corpo e cultura não existe, certo? Clique AQUI para fazer o cadastro e acessar o conteúdo.

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