Entenda como a Síndrome de Burnout afeta os professores 

Descubra como reconhecer o Burnout, lidar com seus efeitos e aprender a evitá-lo sempre que possível

A Síndrome do Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, refere-se à exaustão física, mental e emocional relacionada ao contexto do trabalho. O nome da doença é uma analogia à expressão “burnout”, de origem inglesa, que significa “queimar por completo”. Desse modo, o estado de esgotamento acontece quando o profissional tem um estresse crônico durante tanto tempo dentro do ambiente de trabalho que isso gera uma série de repercussões no seu corpo e no comportamento.

Infelizmente, o Burnout não é incomum entre os professores. Na realidade, essa é uma das profissões mais acometidas por esse distúrbio. Dentre as causas da Síndrome do Esgotamento Profissional entre os educadores e educadoras, podemos citar: carga excessiva de tarefas e horas de trabalho, falta de reconhecimento na carreira, envolvimento emocional, acúmulo de funções, excesso de burocracias, falta de autonomia, falta de um plano de ascensão profissional, entre outras. 

E se nas atividades presenciais as condições estressantes de trabalho já contribuiam para o Burnout, durante a pandemia o estresse parece ter se agravado. De acordo com o Instituto Península, com a pandemia, o estado de exaustão dos professores ganhou novas proporções e contornos. Além do desafio de aprender a usar novas ferramentas de ensino, adaptar os conteúdos e descobrir novas metodologias, os profissionais da Educação estão vivenciando o abre-e-fecha das escolas, os fatores emocionais do distanciamento social e a sensação de tristeza e culpa pela perda de aprendizagem dos alunos no período. 

Como reconhecer o Burnout?

Segundo Regina Fumanti Chamon, hematologista e especialista em Medicina Integrativa, é possível identificar três principais itens que compõem a Síndrome de Burnout.

Esgotamento físico e emocional: “Não é só um cansaço que quando a gente descansa, a gente recupera. Por mais que a pessoa descanse, aquela sensação de exaustão não vai embora”. 

Despersonalização: “A pessoa começa a ter uma alteração do comportamento habitual. Ela passa a apresentar uma postura de cinismo, de crítica, de intolerância com as demais pessoas. Às vezes, isso se manifesta com a pessoa se isolando dos demais, outras vezes se apresenta como uma agressividade mesmo”. 

Falta de interesse no trabalho: “A pessoa tem dificuldade de se sentir satisfeita com o trabalho, de perceber benefício e prazer dentro da prática”. 

Outros sintomas

  • Fadiga; 
  • Alterações no sono e na alimentação; 
  • Insônia;
  • Perda de desempenho;
  • Emoções negativas, como tristeza, frustração, desânimo, desesperança e angústia;
  • Problemas cognitivos, principalmente relacionados à memória e à concentração;
  • Dores no corpo frequentes;
  • Exaustão;
  • Pressão alta;
  • Irritabilidade;
  • Capacidade diminuída de planejamento.

Práticas para prevenir o Burnout

Também separamos quatro práticas importantes que te ajudam a evitar ou lidar com o estado de esgotamento. 

Aproveitamos para ressaltar que o Burnout, muitas vezes, necessita de ajuda médica especializada. Trazemos aqui algumas sugestões de autocuidado que podem ser úteis, mas procure um profissional que te auxilie caso você se reconheça num quadro de Burnout! 

1. Alimentação 

Quando estamos próximos ou já acometidos pela Síndrome do Burnout, é muito comum que busquemos alimentos ricos em açúcar e em gordura, o que piora a sensação de esgotamento físico e mental. O ideal é buscarmos realizar uma alimentação mais natural, com o menor consumo possível de alimentos industrializados, dando preferência aos alimentos frescos, in natura.

2. Movimento

Movimentar-se é fundamental para a produção de hormônios que nos trazem bem estar e mais saúde. E aqui, vale desde uma prática física regular, até, simplesmente, caminhar mais, subir e descer escadas, dançar uma música que você goste… podemos ser criativos.

3. Relaxamento

Alternar entre momentos em que estamos, de fato, fazendo coisas, e momentos de relaxamento também é uma chave importante para a melhoria do quadro de Burnout. Podemos pensar em atividades relaxantes longas (se tivermos esse tempo disponível), mas mesmo cinco minutos diários de atividades relaxantes já trazem muitos benefícios! Tente ouvir uma música que você goste, ler um livro, tomar um banho morno ou, simplesmente, parar e prestar atenção em sua respiração.

4. Conexão

Fortaleça sua rede de apoio. Termos pessoas ou grupos com os quais podemos contar é algo fundamental para nos ajudar a lidar melhor com os momentos desafiadores! 

Uma dica: a comunidade da Vivescer, aqui nesta plataforma, pode ser uma boa rede de apoio! 

A Vivescer tem mais conteúdos que podem me ajudar?

Sim! 

Na Jornada Corpo, temos textos, vídeos e atividades sobre a Síndrome de Burnout, com orientações e relatos de colegas que já passaram por isso.

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Respostas

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  1. A formação e a valorização é de grande relevância

  2. É preciso ouvir os professores para evitar doenças psicológicas

  3. Cuidar de quem cuida dos alunos